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As Cidades

Sobre as cidades de Cachoeira e São Félix

Unidas pela ponte D. Pedro II às margens do rio Paraguaçu os municípios baianos de Cachoeira e São Félix carregam parte da cultura, história e resistência do povo do recôncavo baiano. As cidades-irmãs possuem um papel importante na luta pela independência da Bahia em 1821 e sua população encontra raízes ancestrais nos povos negros, indígenas, além dos povos europeus.

cachoeira

À margem esquerda do rio situa-se o município de Cachoeira. Assim como São Félix, a ocupação da cidade tem origem na exploração de açúcar e fumo, dadas às qualidades climáticas apropriadas para a produção agrícola. O apogeu econômico da localidade foi durante o séculos XVIII e XIX, com o escoamento dos produtos da região através de seu porto.

 

A história de Cachoeira é marcada pela exploração escravagista da população negra e indígena. A interação de povos distintos resultou na diversidade e riqueza da cultura popular local, vista em diversas nuances culturais da região: no sincretismo religioso entre o catolicismo e as religiões de matriz africanas, nas obras dos museus da cidade, nas manifestações da música e da dança. Sob o título de Cidade Heróica, dada a sua grande influência política participação decisiva nas lutas pela independência da Bahia, e Cidade Monumento Nacional segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Cachoeira é considerada um importante berço cultural da região, cuja história pode ser contada pelas suas ruas, arquitetura, igrejas, manifestações culturais, seu povo e seu cotidiano.

são félix

Do lado direito do rio encontra-se a cidade de São Félix. Ainda nos anos iniciais da exploração do território brasileiro, por volta de 1511, os portugueses alcançaram os territórios correspondentes a Cachoeira e São Félix, onde encontraram um aldeamento de índios Tupinambás. Eles tentaram escravizar a população indígena para exploração da madeira e para o cultivo da cana de açúcar. Em 1624, São Félix chegou a sofrer um grande saqueamento com a invasão dos holandeses à Bahia e em 1822 esteve ao lado da cidade de Cachoeira na luta pela independência da Bahia.

 

A região teve uma considerável relevância econômica graças à localização geográfica e ao Rio Paraguaçu, por onde navegavam saveiros com produtos do campo para a capital. São Félix abrigava o último porto que dava acesso à região das minas e do gado. A cidade também é lembrada pela exploração da indústria fumageira, já tendo abrigado fábricas de charutos internacionalmente conhecidas, além do cultivo do dendê e um forte comércio de estivas, secos e molhados. São Félix se desmembrou politicamente do município de Cachoeira em 1889, e foi elevada à categoria de município em 1890.

Cena Musical

A Cena musical

A Cena Musical das históricas  cidades de Cachoeira e São Félix passou por um movimento de canonização, na medida em que era cantada em versos de variadas canções, o que as tornaram nacional e, muitas vezes, mundialmente conhecidas nas vozes de alguns intérpretes e compositores da música popular brasileira – como Caetano Veloso, Dalva Damiana, Os Tincoãs, Roberto Mendes e Edson Gomes, por exemplo.

Mas não para por aí. O músico Nenho inserido no cenário da música Brega, o Reggae fortemente representado pelas bandas Jamaicachoeira, Orquestra de Reggae, Isaque Gomes e o tradicional Samba de Roda presente em diversos grupos tradicionais, além de uma forte tradição de filarmônicas não param de deixar marcas nas paredes históricas destas cidades. Com a chegada da UFRB, foi se configurando uma cena alternativa, possibilitando a atuação da banda Tio MaruzO e da banda de samba-rock Escola pública – que realizará uma apresentação na Cultural de abertura do congresso.

Bebendo de todas essas influências, a noite Cachoeira consegue aglutinar de forma efervescente em suas ruas, consideradas as mais boêmias do Recôncavo, grande diversidade sonora.

O Cahl

Cahl

Centro de Artes, Humanidades e Letras

Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) é um Centro de Ensino vinculado à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFBR) e instalado nos municípios de Cachoeira e São Félix. O CAHL promove uma formação humanista, voltada para a preparação de profissionais críticos, com conhecimento teórico e técnico, passíveis de atuação tanto no mercado de trabalho quanto na pesquisa acadêmica. Neste sentido, este Centro desenvolve uma compreensão mais ampla dos processos históricos, sociais, políticos e estéticos, promovendo a integração dos discentes com a cultura local e valorizando as potencialidades socioculturais e artísticas do recôncavo.

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Atualmente o Centro conta com dez cursos de Graduação relacionados com as potencialidades da região: Comunicação Social – Jornalismo, Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, Licenciatura em História, Museologia, Cinema e Audiovisual, Artes Visuais, Serviço Social, Bacharelado em Ciências Sociais, Licenciatura em Ciências Sociais e o Tecnológico em Gestão Pública; cinco Programas de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Comunicação - Mídia e Formatos Narrativos; Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais: Cultura, Desigualdades e Desenvolvimento; Mestrado Profissional em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas; Programa de Pós-Graduação em Arqueologia e Patrimônio Cultural; Programa de Pós-Graduação em Política Social e Territórios. 

Dessa maneira, o CAHL cumpre a sua vocação histórica e os seus compromissos institucionais pautando-se no respeito à diversidade acadêmica, política e ideológica.

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